John Pilger

John Pilger é um autor, realizador de documentários e jornalista de renome internacional, iniciou a sua carreira em 1958 na Austrália, de onde é natural, antes de se mudar para Londres nos anos 60. Galardoado três vezes com o título de Jornalista do Ano, duas vezes com o Prémio da Paz da ONU para a Comunicação Social, um Emmy, Personalidade do Ano (EMMA) e em 2009 foi premiado com o Prémio da Paz de Sidney, o galardão internacional australiano para defensores dos direitos humanos.
Considera o testemunho directo como sendo a essência do jornalismo de qualidade. Tem sido correspondente estrangeiro e repórter de guerra nas linhas da frente desde a guerra do Vietname em 1967. É um crítico apaixonado das intervenções militares e económicas levadas a cabo pelos governos ocidentais.
“É demasiado fácil”, diz, “para os jornalistas ocidentais verem a Humanidade em termos de utilidade para os ‘nossos’ interesses e apoiarem as agendas governamentais que ordenam bons e maus tiranos, vítimas boas ou más e apresentam as ‘nossas’ políticas como sendo sempre benignas quando na verdade são exactamente o oposto.”
Acredita que o dever do jornalista passa também pela salvaguarda da memória pública, cita frequentemente Milan Kundera: “O combate do povo contra o poder é o combate da memória contra o esquecimento.”

“O trabalho de John Pilger tem sido um raio de luz numa era geralmente obscura. As realidades que trouxe à luz têm sido, sempre, uma revelação e a sua coragem e visão têm sido uma inspiração constante.” - Noam Chomsky

“John Pilger desenterra, com uma atenção de ferro, os factos, as mais sujas verdades, e apresenta-as tais quais são.” - Harold Pinter

No britânico Daily Mirror foi inicialmente cronista, posteriormente correspondente especial e finalmente correspondente internacional principal. Escreveu relatos por todo o mundo e cobriu diversas guerras, sendo a mais notável a do Vietname. Ainda nos seus vintes, tornou-se no mais jovem jornalista a receber o maior galardão jornalístico da Grã Bretanha, o de Jornalista do Ano (foi também o primeiro jornalista a ser agraciado duas vezes com este galardão). Indo para os Estados Unidos, noticiou as atribulações dos anos 60 e 70. Marchou com os pobres dos EUA do Alabama até Washington, no rescaldo do assassinato de Martin Luther King e encontrava-se na mesma sala que Robert Kennedy, candidato à presidência dos EUA, quando este foi assassinado, em Junho de 1968.
O seu trabalho do Sudeste da Ásia deu azo a um número memorável do Daily Mirror, quase todo dedicado aos seus relatos exclusivos do Camboja no rescaldo do reinado de Pol Pot. O resultado directo dos seus relatos no Mirror e do documentário subsequente, “Camboja: Ano Zero”, foi a angariação de mais de 40 milhões de dólares para o povo desse flagelado país. De igual modo, os seus relatos sobre Timor Leste, para onde se deslocou clandestinamente em 1993, colabororaram para a onda de apoio para com o povo timorense, na altura vítima de uma ocupação brutal por parte da Indonésia. A sua reputação como jornalista “de causas” cresceu.
Desde que saiu do Daily Mirror, em 1986, que tem trabalhado como jornalista freelancer. Os seus artigos têm sido publicados em vários jornais de todo o mundo, como o Guardian, o Independent, o New York Times, o Los Angeles Times, o South China Morning Post, o Mail & Guardian (África do Sul), o Sidney Morning Herald e o The Age (Austrália), o Aftonbladet (Suécia), o Morgenbladet (Noruega) e o Il Manifesto (Itália). Tem, desde 1991, uma coluna quinzenal na revista New Statesman.

Obras publicadas/a publicar:
- A Liberdade Fica para a Próxima

Obras publicadas noutras editoras:
- O Mundo nas Mãos, O Que os Média Não Dizem sobre os Novos Donos do Mundo, Bizâncio, 2004.

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